segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Perseguição Cristã - Veja as lutas e os desafios do povo que desejam fazer a Vontade de Deus no País - Afeganistão

Afeganistão

Ser um cristão afegão significa ter coragem, chamado e obediência. Quando você nasce é considerado muçulmano, é como se não tivesse escolha do que – ou a quem – seguir
Ashraf Ghani é o novo presidente do país, que é situado em uma região totalmente desigual e que se encontra assim há séculos. As eleições foram ofuscadas por inúmeras fraudes e diferentes tipos de manipulações. A captura de mais da metade da província de Kunduz por forças do Talibã, amedrontou a população afegã, pois a região está em uma encruzilhada estratégica que liga os quatro pontos do país. Publicamente, o grupo informou – sem rodeios – que não quer a presença do Estado Islâmico em seu território, por preferir não ter concorrências. Segundo testemunhas, o objetivo do Talibã é fazer com que a lei sharia seja cumprida no país.
Por causa de toda essa situação, manter em sigilo a fé em Jesus acaba sendo a opção de muitos muçulmanos que se convertem. Ao tornar pública sua conversão, e consequentemente sua apostasia (decisão de abandonar o islã), esses irmãos podem enfrentar a fúria da família, da sociedade e, em muitos casos, de extremistas religiosos.
Não há igrejas públicas no Afeganistão. Os cristãos, em sua maioria, ficam sozinhos ou em pequenos grupos. Mesmo assim, muitos deles permanecem firmes em meio à forte perseguição e, apesar de todos os perigos, o cristianismo continua a crescer.
“É um fardo que temos de carregar. Há perigo em todos os cantos. Mas a fé cristã nos dá vida mesmo na morte, porque por meio de Cristo somos vitoriosos.” Samuel (pseudônimo), que fez a declaração duas semanas antes de desaparecer em território talibã.
A igreja
O cristianismo chegou ao Afeganistão nos primeiros séculos da era cristã. Por volta de 400 d.C., já havia um bispo instalado na cidade de Herat. A partir do século XIV, através do conquistador Emir Timur, deu-se início à erradicação do cristianismo. A igreja afegã sofreria também sob outros governos, como o soviético (que comandou o país de 1978 a 1992) e o Talibã (1996-2001). Após assumir o governo do país em 1996, ele impôs duras restrições a outras religiões, proibindo conversões, liberdade de culto e evangelismo. Outro grupo que sofreu sob o governo teocrático do Talibã foi o das mulheres, porque elas foram impedidas de frequentar as mesquitas e ir à escola, acentuando ainda mais o alto nível de analfabetismo no país.

A perseguição

Os principais cristãos que enfrentam perseguição são os ex-muçulmanos, pois a conversão é absolutamente impensável no Afeganistão. Aqueles que se convertem enfrentam forte pressão de seus familiares, amigos e vizinhos ao revelar sua fé cristã. Dependendo da família, eles ainda têm que temer por suas vidas. Viver abertamente como um cristão não é possível. Até mesmo lojas e outros negócios foram destruídos, apenas por mera suspeita de que podiam pertencer a cristãos. Filhos de ex-muçulmanos estão enfrentando uma vida extremamente difícil, pois eles têm que esconder a sua fé de seus progenitores e muitas vezes são forçados a viver uma vida dupla.

A conversão de um muçulmano a outra religião é considerada apostasia, sendo punível com morte em algumas interpretações da lei islâmica no país. "O governo não quer que os princípios de outras religiões dominem o país". 
Cidadãos do sexo masculino com idade acima de 18 anos e do sexo feminino acima de 16 anos, de mente sã, que se converteram a outra religião que não o islã, têm até três dias para retratar a sua conversão, ou então estarão sujeitos à privação de todos os bens e posses, à anulação de seu casamento e até à morte por apedrejamento. O mesmo acontece quando o indivíduo é acusado por crime de blasfêmia.
Fonte: Portas Abertas

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