Data: 9 de Julho
de 2017
TEXTO ÁUREO
“E Jesus
respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor,
nosso Deus, é o único Senhor” (Mc 12.29).
VERDADE PRÁTICA
Cremos em um só
Deus, o Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas,
visíveis e invisíveis.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Deuteronômio
6.4; Gênesis 1.1.
Deuteronômio
6
4 — Ouve,
Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.
Gênesis
1
1 — No
princípio, criou Deus os céus e a terra.
HINOS SUGERIDOS
99,
216 e 526 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar
que cremos em um só Deus, o Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
· I. Reconhecer que
há somente um único Deus verdadeiro;
· II. Explicar porque
o criacionismo e evolucionismo são antagônicos;
· III. Compreender a
narrativa da criação.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado
professor, você crê que há somente um Deus verdadeiro e que Ele criou os céus e
a Terra? Então não terá dificuldade no ensino desta lição. Deus é real e Ele se
revela ao homem de diferentes maneiras, porém uma das formas que Ele se revela
a nós é mediante a sua criação. O relato da criação da terra, do céu e do
homem, não é uma alegoria. A narrativa da criação é um fato histórico, ou seja,
algo que aconteceu exatamente como a Palavra de Deus afirma. Quando o assunto é
a criação do universo e da vida, sabemos que existem várias teorias que tentam
explicar a origem de tudo, como por exemplo, a teoria do Big Bang e da
Evolução. Mas, cremos que o universo e a vida não são produtos de uma evolução
como alguns cientistas tentam afirmar ou o resultado da explosão de uma
partícula. Cremos que o Deus é o grande Criador.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A doutrina de Deus é vasta, e nem
mesmo os grandes tratados de teologia conseguem esgotar o assunto. O enfoque da
presente lição é a unidade de Deus, o monoteísmo judaico-cristão e a obra da
criação. Nosso objetivo é mostrar que há um abismo intransponível entre o
criacionismo e o evolucionismo. Não há na Bíblia espaço para a teoria da
evolução nas suas diversas versões.
PONTO CENTRAL
Cremos que um só Deus, o Pai
Todo-Poderoso é o criador do céu e da terra.
I.
O ÚNICO DEUS VERDADEIRO
1. O Shemá. É
o imperativo de um verbo hebraico que significa “ouvir, obedecer”, o qual
inicia o versículo que se tornou, ao longo dos séculos, a confissão de fé dos
judeus: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4). A
cláusula final “é o único SENHOR” também se traduz por “o SENHOR é um” (Gl
3.20), conforme as versões espanhola Reina-Valera e judaica, conhecida no
Brasil como Bíblia Hebraica. A construção hebraica aqui permite
ambas as traduções, de acordo com a declaração de Jesus: “o Senhor é um só!”
(Mc 12.29, Tradução Brasileira). Há aqui um significado teológico
importante, porque a mensagem não se restringe apenas ao monoteísmo, mas a
ideia de existir um só Deus, e de Deus ser um só, diz respeito tanto à
“singularidade” quanto à “unidade” de Deus (Zc 14.9; Sl 86.10).
2. O monoteísmo. É
a crença em um só Deus e se distingue do politeísmo, a crença em vários deuses.
As principais religiões monoteístas do planeta são o judaísmo (Dt 6.4; 2Rs
19.15; Ne 9.6), o cristianismo (Mc 12.29; 1Co 8.6) e o islamismo. Mas o
monoteísmo islâmico não é bíblico. O deus Alá dos muçulmanos é outro deus, e
não o mesmo Deus Javé da Bíblia. Alá era um dos deuses da Meca pré-islâmica,
deus da tribo dos coraixitas, de onde veio Maomé, que o adotou como a divindade
de sua religião. O nome Alá não vem da Bíblia e nunca foi conhecido dos
patriarcas, nem dos reis, nem dos profetas do Antigo Testamento, menos ainda
dos apóstolos do Senhor Jesus. Os teólogos muçulmanos se esforçam para fazer o
povo crer que Alá é uma forma alternativa do nome do Deus Javé de Israel, mas
evidências históricas e arqueológicas provam que Alá não veio dos judeus nem
dos cristãos.
3. O monoteísmo
judaico-cristão. Jesus não somente ratificou o
monoteísmo judaico do Antigo Testamento como também afirmou que o Deus Javé de
Israel, mencionado em Deuteronômio 6.4-6, é o mesmo Deus que Ele revelou à
humanidade (Jo 1.18), a quem todos os cristãos servem e amam acima de todas as
coisas (Mc 12.29,30). Assim, o Deus de Israel é o mesmo Deus do cristianismo; é
o nosso Deus. O apóstolo Paulo pregava para os judeus e gentios o mesmo Deus
revelado por Jesus: “O Deus de nossos pais de antemão te designou para que
conheças a sua vontade, e vejas aquele Justo, e ouças a voz da sua boca” (At
22.14).
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
Deus é único e
verdadeiro.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Nossa maneira de compreender a Deus
não deve basear-se em pressuposições a respeito dEle, ou em como gostaríamos
que Ele fosse. Pelo contrário: devemos crer no Deus que existe, e que optou por
se revelar a nós através das Escrituras. O ser humano tende a criar falsos deuses,
nos quais é fácil crer; deuses que se conformam com o modo de viver e com a
natureza pecaminosa do homem. Essa é uma das características das falsas
religiões. Alguns até mesmo caem na armadilha de se desconsiderar a
autorrevelação divina para desenvolver um conceito de Deus que está mais de
acordo com as suas fantasias pessoais do que com a Bíblia, que é a nossa fonte
única de pesquisa, que nos permite saber que Deus existe e como Ele é” (HORTON,
Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal.
1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, pp.125-6).
II.
CRIAÇÃO X EVOLUÇÃO
1. O modelo
criacionista. O criacionismo é a posição que
propõe ser a origem do Universo e da vida resultado de um ato criador
intencional. Essa cosmovisão é encarada com suspeita porque a comunidade
científica incrédula a considera uma proposta meramente religiosa. É verdade
que a explicação religiosa tem por base a fé (Hb 11.3), enquanto a explicação
científica se fundamenta na evidência empírica. Mas existem variações em ambas
as propostas. Descobertas ao longo dos séculos confirmam que causas
inteligentes empiricamente detectáveis são necessárias para explicar as
estruturas biológicas ricas em informação e a complexidade da natureza. Esse
conceito é conhecido como Design Inteligente. Criacionismo e Design
Inteligente podem ser interligados, mas não são a mesma coisa. A proposta e
a metodologia de ambos não são iguais, pois nem todo criacionista aceita a
Teoria do Design Inteligente e vice-versa. O modelo científico
do Design Inteligente propõe que o mundo foi criado, mas não
tem como provar em laboratório que Deus o criou.
2. O modelo
evolucionista. É uma teoria que nunca se
sustentou cientificamente, apesar de sua aparência científica (1Tm 6.20). Tem
por base pressupostos naturalistas, entre os quais a proposta darwinista da
seleção natural se destaca como o principal mecanismo evolutivo. O naturalismo,
a hipótese mais aceita para explicar o evolucionismo, ensina que organismos
biológicos existentes evoluíram em um longo processo através das eras. É a
cosmovisão favorável à ideia de que o universo e a vida vieram à existência por
meio de processos de geração espontânea, sem intervenção de um ato criador,
isto é, eles teriam evoluído até a complexidade atual por meio da seleção
natural, a teoria da sobrevivência dos mais fortes. Mas tudo isso não passa de
mera teoria que nunca pôde ser confirmada. O evolucionismo ateu exclui Deus da
criação.
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
O criacionismo e o
evolucionismo são antagônicos.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“[...] Quando consideramos a
possibilidade de que Deus usou o processo evolucionário para criar ao longo de
milhões de anos, confrontamo-nos com sérias consequências: a Palavra de Deus
não é mais competente e o caráter de nosso Deus amoroso é questionado.
Já na época de Darwin, um dos
principais evolucionistas entendia o problema de fazer concessão ao afirmar que
Deus usou a evolução. Uma vez que você aceite a evolução e suas implicações
para a história, então o homem está livre para escolher as partes da Bíblia que
quer aceitar” (HAM, Ken. Criacionismo: verdade ou mito?
1ª Edição. RJ: CPAD, 2011, pp.35,36).
CONHEÇA MAIS
Criacionismo X
evolucionismo
“Hoje, muitos cristãos afirmam que os
milhões de anos de história da Terra se ajustam à Bíblia e que Deus usou o
processo evolucionário para criar. Essa ideia não é uma invenção recente”. Para
conhecer mais, leia Criacionismo: verdade ou mito?,
CPAD, p.33).
III.
A CRIAÇÃO
1. A criação do
Universo. Deus criou o universo do nada;
é a chamada creatio ex nihilo da
teologia judaico-cristã revelada na Bíblia. A narrativa do primeiro capítulo de
Gênesis é entendida à luz do contexto bíblico. O ponto de partida da criação é:
“No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). O verbo hebraico “criou”
é bará, e este apresenta características
peculiares: o sujeito da afirmação é sempre Deus, o Deus de Israel, e nunca foi
aplicado a deuses estranhos; é um termo próprio para referir-se à ação criadora
de Deus a fim de distinguir-se de toda e qualquer realização humana. Essa ideia
do fiat divino, ou seja, do “faça-se”,
é apoiada em toda a Bíblia. Deus trouxe o universo à existência do nada e de
maneira instantânea, pela sua soberana e livre vontade (Sl 33.9; Hb 11.3; Ap
4.11).
2. A narrativa da
criação em Gênesis 1. No primeiro dia, Deus trouxe à
existência a luz (Gn 1.3); no segundo, criou a expansão ou firmamento (vv.6-8);
e, no terceiro, “disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e
apareça a porção seca” (v.9). A essa porção seca Ele chamou terra e ao
ajuntamento das águas, mares (v.10). Ainda no terceiro dia, surgiram os
continentes com seus relevos e a vegetação (vv.9-13). Os corpos celestes: o
sol, a lua e as estrelas aparecem no quarto dia (vv.14-19). As aves e os
animais marinhos surgem no quinto dia (vv.20-23).
3. A criação do ser
humano. A raça humana teve sua origem em Deus,
através de Adão (At 17.26; 1Co 15.45). O ser humano foi criado no sexto dia,
como a coroa de toda a criação, e recebeu de Deus a incumbência de administrar a
terra e a natureza. O homem não é meramente um animal racional, mas um ser
espiritual criado à imagem e semelhança de Deus. A frase “Façamos o homem” (Gn
1.26), quer dizer: “Vamos fazer o ser humano”, pois o termo hebraico usado para
“homem” é adam, que significa
“gênero humano”. O ser humano criado por Deus se constitui em “macho e fêmea”
(v.27). Esse ser humano recebeu diretamente de Deus o sopro em suas narinas (Gn
2.7). Em outro lugar, a Bíblia revela que Deus o fez um pouco menor do que os
anjos (Sl 8.5).
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
A narrativa bíblica a
respeito da criação é verdadeira.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Em Gênesis 1, a palavra hebraica
para dia é yom. A maior parte do
uso dela no Antigo Testamento é com o sentido de dia, dia literal; e, nas
passagens em que o sentido não é esse, o contexto deixa isso claro.
Primeiro, yom é
definido na primeira vez em que é usado na Bíblia (Gn 1.4,5) em seus dois sentidos
literais: a porção clara do ciclo luz/trevas e todo o ciclo luz/trevas.
Segundo, yom é usado com
‘noite’ e ‘manhã’. Em todas as passagens em que essas duas palavras são usadas
no Antigo Testamento, juntas ou separadas, e no contexto de yom ou
não, elas sempre tem o sentido literal de noite ou manhã de um dia literal.
Terceiro, yom é modificado
por um número: primeiro dia, segundo dia, terceiro dia, etc., o que em todas as
passagens do Antigo Testamento indicam dias literais. Quarto, Gênesis 1.14
define literalmente yom em relação aos corpos celestiais” (HAM, Ken. Criacionismo: Verdade
ou mito? 1ª Edição. RJ: CPAD, 2011, p.30).
CONCLUSÃO
Os ensinos inadequados sobre Deus e o
Senhor Jesus Cristo exigiram da Igreja desde muito cedo uma definição sobre o
assunto. Os principais credos iniciam declarando que Deus é o Criador de todas
as coisas no céu e na terra. Trata-se de um resumo do que ensina a Bíblia desde
Gênesis até Apocalipse. Era uma resposta aos diversos conceitos errôneos dos gnósticos
sobre Deus. O contexto hoje exige uma resposta similar, pois são muitos os
nossos desafios. Devemos estar preparados para combater a indiferença religiosa
e o ceticismo à nossa volta que tanto têm contaminado vizinhos, colegas de
escola e também do trabalho.
PARA REFLETIR
A respeito do único Deus verdadeiro e a
criação, responda:
Qual o significado teológico da
expressão “é o único SENHOR” ou “o SENHOR é um”?
O significado está no fato de existir um
só Deus, e de Deus ser um só. Tal expressão diz respeito tanto a
“singularidade” quanto à “unidade” de Deus.
Quem disse que o Deus de Israel é
também o nosso Deus? Cite a referência.
O Senhor Jesus Cristo (Jo 1.18). Paulo
também pregava isso (At 22.14).
Qual foi o ponto de partida da criação?
“No princípio criou Deus os céus e a
terra” (Gn 1.1).
Como Deus trouxe o universo à
existência?
Ele trouxe o universo à existência do
nada.
Qual o significado de adam,
“homem”, no relato da criação (Gn 1.26,27)?
O significado do termo hebraico usado
para “homem” é adam, que significa “gênero humano”.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O único Deus
verdadeiro e a criação
O Deus único e verdadeiro se revelou
de maneira suficiente em Jesus Cristo e por intermédio de Sua Palavra. Não há
outro meio de conhecermos a Deus, senão por seu Filho, Jesus Cristo — “E Jesus
clamou e disse: Quem crê em mim crê não em mim, mas naquele que me enviou. E
quem me vê a mim vê aquele que me enviou.” (Jo 12.44,45) —, conforme está
revelado em Sua poderosa Palavra.
A existência de
Deus
Para nos relacionarmos com Deus é
necessário nos aproximarmos dEle e crer que Ele existe (Hb 11.6). De acordo com
as Escrituras Sagradas, a existência de Deus é um fato incontestável. Não há
preocupação alguma por parte da Bíblia em provar a existência de Deus, pois
desde o primeiro versículo já se subentende essa maravilhosa realidade: “No
princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). Como também é uma realidade
confirmada por João 1.1: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus,
e o Verbo era Deus”. Logo, o autor aos Hebreus conclui: “Pela fé, entendemos
que os mundos, pela Palavra de Deus, foram criados” (Hb 11.3). Que maravilhosa
realidade! Deus é! Nele, não há início nem fim, pois de eternidade em
eternidade Ele é Deus (Sl 90.2).
Uma verdade
gloriosa
Ao confirmarmos a verdade maravilhosa
da existência do Deus Criador e sustentador de tudo o que há no universo, não
há como não se maravilhar com Sua grandeza, poder e majestade. A Criação é obra
das Suas mãos. Saber que Deus é onisciente, onipresente, onipotente, imutável,
eterno (atributos incomunicáveis aos seres humanos) nos traz a segurança em um
Deus tão grande que se importa conosco, seres humanos tão pequenos, finitos e
limitados. Ao mesmo tempo em que se mostra fiel, bom, paciente, amoroso,
gracioso, misericordioso, santo, reto, justo (atributos comunicáveis aos seres
humanos), somos constrangidos, uma vez alcançados pela Sua graça, a
manifestarmos tais características que emergem de Seu infinito amor.
O Deus único e verdadeiro é um Deus
de amor, mas de justiça também. Fruto do Seu amor, Ele enviou o Seu filho para
tirar o pecado do mundo; fruto de Sua justiça, Ele proveu um sacrifício
suficiente para apagar os nossos pecados, pois nós que deveríamos estar no
lugar do nosso Senhor Jesus. Dentro dessa perspectiva de amor e justiça, que as
Escrituras revelam a obra de um Deus que deseja salvar homens e mulheres,
reconciliando-os consigo mesmo por intermédio de Jesus Cristo (2Co 5.19).
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