segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Perseguição Cristã - Conheça a realidade dos nosso irmãos na Síria

A Síria está em guerra civil há 5 anos. Milhares  de pessoas já deixaram o país fugindo da guerra e da ação do grupo extremista  Estado Islâmico. Dezenas de cristãos foram mortos e igrejas destruídas

Bombas em casas de civis, explosões no meio da rua, balas perdidas, pedaços de vidros e de construções pelas calçadas. Um cenário de destruição totalmente desumano.Vítimas dos conflitos, os cristãos lidam com os traumas causados pela perseguição.
Muitos diriam que esta descrição é a respeito de uma ficção ou de um filme de terror. Mas, infelizmente, não é. Este cenário de cidade fantasma corresponde a atual circunstância da população síria.
A Síria ganhou espaço nos noticiários e demais programas televisivos por causa da guerra. Os confrontos que tiveram início em março de 2011, se transformaram em uma guerra civil e já deixaram mais de 250 mil mortos, espalhando 4 milhões de refugiados pelo mundo - 25% deles menores de idade. Todos sem acesso a alimento e remédios.
"Eu realmente acredito que Deus está conosco e que ele nos protege. A fé é a nossa única arma. Todos os dias oramos pedindo força. Isso realmente nos ajuda a entender que não estamos sozinhos, que outros cristãos estão conosco.” Cristão sírio.
A igreja
A Síria é muito significativa na história do cristianismo. Paulo se converteu a Cristo enquanto estava a caminho de Damasco, estabelecendo a primeira igreja organizada cristã de Antioquia, na antiga Síria. Há indícios de que existiam cristãos na Síria antes mesmo da conversão do apóstolo Paulo, já que ele estava a caminho de Damasco para capturar possíveis cristãos quando se converteu (Atos 9.1-19).

A Igreja Ortodoxa Grega afirma que sua história na região remonta à época da queda de Jerusalém, quando o centro do cristianismo no Oriente passou a ser a cidade de Antioquia. Embora estivesse localizada no atual território da Turquia, Antioquia exercia influência sobre a Síria devido à proximidade geográfica.
Católicos e protestantes só se estabeleceram na Síria a partir do século 18. A influência do cristianismo ocidental no país tornou-se forte a partir de 1890, principalmente devido à ascendência das escolas cristãs sobre os governantes sírios.
As igrejas evangélicas, caracterizadas pelas atividades evangelísticas, têm mudado a comunidade cristã do país, apesar das pressões que sofre. Atualmente existem mais de 700 mil cristãos na Síria.
A igreja não é uma igreja oculta ou secreta. As autoridades tentam controlar tudo no país, mantendo a polícia secreta por toda parte. Para quem anda de acordo com o sistema, não há nada a temer, mas quem desobedece sofre oposição. Evangelizar, por exemplo, é proibido pelo sistema. Então, se os cristãos não perturbarem a ordem e a harmonia social, eles têm liberdade para realizar seus cultos.
A perseguição 
A Constituição garante liberdade religiosa, embora haja restrições e laços com grupos fundamentalistas que são contrários aos cristãos. Os ex-muçulmanos sofrem com a desconfiança que paira na sociedade, causada pela polícia secreta. Eles têm medo de contar suas histórias às pessoas, até mesmo aos amigos. E a igreja, por sua vez, tem medo de receber esses convertidos, pois desconfia de que possam ser agentes do governo disfarçados - o que não é impossível de acontecer.

Há também a pressão que a família e a sociedade aplicam aos que abandonam o islamismo. Essas convenções sociais fazem com que a conversão de um muçulmano ao cristianismo seja muito rara. 
Dentro do contexto de guerra, o Estado Islâmico (EI) controla grande parte do país, e com a crescente influência dos jihadistas islâmicos nas forças da oposição, os cristãos tornaram-se um grupo cada vez mais vulnerável, vivendo em zonas controladas em todo o país. Recebemos relatos de muitos sequestros de cristãos, violentados fisicamente e muitos são mortos.
Um novo desenvolvimento na guerra civil da Síria, durante 2015, foi a intervenção da Rússia. Além disso, a França, a Alemanha e a Grã-Bretanha planejaram intervenções após os ataques de Paris em novembro. Provavelmente, isso não será suficiente para salvar o regime sírio. E, exaustos, os cristãos devem continuar fugindo do país. Há muitos cristãos sírios deslocados internamente de Homs, Alepo e outras áreas. A Portas Abertas, por meio de igrejas locais, tem cuidado e apoiado esses cristãos.
O DIP é um movimento de oração para que a Igreja Perseguida tenha perseverança, paciência e alegria por estar firme em Cristo Jesus. Neste ano, convidamos você para se juntar a nós para orar e agir em favor dos cristãos no Iraque e na Síria.

A Portas Abertas está trabalhando com igrejas locais para servir cristãos refugiados, a fim de que a igreja de Cristo continue viva na região. O desafio é atender as necessidades espirituais e também as físicas.

Fonte: Portas Abertas

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