Data: 14 de
Agosto de 2016
TEXTO ÁUREO
“A minha palavra
e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana,
mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse
em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1Co 2.4,5).
VERDADE PRÁTICA
Somente o Evangelho
de Cristo, no poder do Espírito Santo, para destruir as fortalezas e a
resistência do universo acadêmico e do mundo político.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Daniel
2.24-28.
24 — Por isso, Daniel foi ter com Arioque, ao
qual o rei tinha constituído para matar os sábios da Babilônia; entrou e
disse-lhe assim: Não mates os sábios de Babilônia; introduze-me na presença do
rei, e darei ao rei a interpretação.
25 — Então, Arioque depressa introduziu Daniel
na presença do rei e disse-lhe assim: Achei um dentre os filhos dos cativos de
Judá, o qual fará saber ao rei a interpretação.
26 — Respondeu o rei e disse a Daniel (cujo
nome era Beltessazar): Podes tu fazer-me saber o sonho que vi e a sua
interpretação?
27 — Respondeu Daniel na presença do rei e
disse: O segredo que o rei requer, nem sábios, nem astrólogos, nem magos, nem
adivinhos o podem descobrir ao rei.
28 — Mas há um Deus nos céus, o qual revela os
segredos; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser no fim dos
dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça na tua cama são estas:
HINOS SUGERIDOS
63,
149 e 600 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar
que precisamos alcançar com as Boas-Novas.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A evangelização nas
universidades também deve ser uma prioridade máxima da igreja, pois do universo
acadêmico saem os cientistas, educadores, formadores de opinião e boa parte dos
governantes e legisladores. Cabe-nos, pois, preparar adequadamente nossos irmãos
em Cristo, a fim de que, no campus, atuem como reais testemunhas de Jesus
Cristo. Somente desta maneira viremos a ter um país mais justo e comprometido
com a Ética Cristã.
Nesta lição,
veremos o exemplo de Daniel e seus três companheiros. Exilados em Babilônia,
destacaram-se como acadêmicos, servidores públicos e políticos. Eles mostraram,
em atos e palavras, a supremacia do Deus de Israel.
A vida desses
hebreus serve de exemplo aos acadêmicos e políticos cristãos, que lutam por
levar o Evangelho às mais altas esferas do conhecimento e do poder.
PONTO CENTRAL
A
Igreja do Senhor precisa fazer a diferença no mundo acadêmico e político.
I.
DANIEL NA UNIVERSIDADE DE BABILÔNIA
Em Babilônia,
Daniel e seus três companheiros foram reeducados na língua e na cultura dos
caldeus (Dn 1.4). Eles, porém, jamais renunciaram o seu temor a Deus, que é o
princípio de toda a sabedoria (Pv 1.7).
1.
Uma vida testemunhal. Antes mesmo de serem matriculados
na universidade babilônica, eles resolveram firmemente, em seu coração, não se
contaminar com a cultura caldaica (Dn 1.8). O seu objetivo não era destruí-la,
mas transformá-la através de uma postura santa e testemunhal. Mais adiante,
eles vieram a influenciar até mesmo a classe política do império.
Os crentes devem
ser orientados para que testemunhem de Cristo também no campus universitário.
Em primeiro lugar, o universitário crente evangeliza através de um testemunho
santo e irrepreensível que, por si mesmo, é uma mensagem. E, também, por meio
de uma abordagem sábia e oportuna, que mostre a razão de nossa esperança (1Pe
3.15). Nenhum universitário cristão deve sacrificar o Evangelho no altar da
pós-modernidade. Antes, que seja oportuno na proclamação de Cristo.
2.
Uma carreira acadêmica testemunhal. Incentivemos
nossos irmãos(as) a que sobressaiam pela excelência acadêmica. Se apresentarem
rendimentos medíocres, como poderão demonstrar que o amor a Cristo conduz à
verdadeira sabedoria? Vejamos o exemplo de Daniel e seus companheiros. Eles
formaram-se com louvor máximo: “E em toda matéria de sabedoria e de
inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais
doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino” (Dn
1.20).
A mediocridade
acadêmica depõe contra o Evangelho. O crente que ama a Cristo adora-o também
com as suas notas, graduações, mestrados e doutorados.
3.
Uma carreira testemunhal. Daniel e seus
três companheiros foram inseridos, imediatamente, na elite cultural e
científica de Babilônia. E, nessa posição, Daniel ficaria por mais de 70 anos
(Dn 1.21). Jesus precisa de testemunhas em todas as áreas do saber humano. Ele
também morreu pelos cientistas, médicos, advogados, sociólogos e educadores. Se
prepararmos devidamente os crentes, levaremos Cristo à elite cultural de nossa
nação e do mundo. Por conseguinte, treinemos os crentes para que formem, no
campus, grupos de oração, estudo bíblico e evangelismo. Desses núcleos, Deus
haverá de suscitar testemunhas irresistíveis de sua Palavra. O Evangelho de
Cristo não pode ausentar-se das áreas cultas.
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
Daniel
e seus amigos foram educados na universidade babilônica, mas não se
corromperam.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Arqueólogos
revelam que os quatro jovens devem ter estudado por exemplo: língua caldeia,
textos cuneiformes em caldeu e acádio, uma vasta gama de resumos sobre
religião, magia, astrologia e ciências, além de falarem e escreverem em
aramaico. Aproveite para mostrar aos alunos que quando o nosso compromisso com
Deus é forte, isso não significa necessariamente que seremos corrompidos por
uma educação pagã, numa sociedade pagã” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do
Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por
capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.513).
CONHEÇA MAIS
Império
Babilônico
“Depois da destruição
de Nínive, sete anos antes, o Império Babilônico começou a crescer tão
rapidamente que não dispunha de número suficiente de babilônios cultos para a
cúpula governamental. Por isso, Nabucodonosor levou para Babilônia jovens
saudáveis de boa aparência e de alto nível cultural a fim de ensinar-lhes a
cultura dos caldeus e, assim, torná-los úteis ao serviço real. Entre eles
estavam Daniel e seus três amigos”. Para conhecer mais, leia Bíblia de
Estudo Pentecostal, CPAD, p.1244.
II.
DEUS NA ACADEMIA BABILÔNICA
Daniel e seus três
companheiros estavam a serviço de um governante que desconhecia por completo a
soberania divina. Entretanto, souberam como, num momento crítico, realçar a
soberania do Único e Verdadeiro Deus.
1.
A crise escatológica. O rei Nabucodonosor estava
preocupado com o futuro de seu império, quando Deus lhe mostrou, em sonho, o
estabelecimento do Reino do Céu, na Terra. Como nenhum de seus magos ou
astrólogos fora capaz de interpretar-lhe o sonho, decretou a morte da elite
intelectual de Babilônia (Dn 2.5). A academia babilônica era inútil naquele
momento.
Crises semelhantes
desafiam os acadêmicos cristãos nas diversas áreas do conhecimento. Por essa
razão, precisam estar alicerçados na Palavra de Deus, a fim de mostrar o
Evangelho de Cristo como a única solução a todos os problemas humanos.
2.
A resposta teológico-evangélica. Naquele
momento de crise, e diante da própria morte, Daniel apresenta corajosamente a
resposta divina: “Mas há um Deus nos céus, o qual revela os segredos; ele,
pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser no fim dos dias [...]” (Dn
2.28). E, assim, o profeta fez saber a Nabucodonosor o programa divino para os
últimos dias.
Somente o Evangelho
de Cristo pode responder às questões que tanto angustiam a humanidade. Aproveite,
pois, a crise atual, para proclamar a todos, inclusive aos sábios e poderosos,
que somente Cristo pode resgatar a sociedade atual de uma ruína certa e
anunciada.
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
Daniel
e seus amigos souberam realçar a soberania do Deus único e verdadeiro na
academia babilônica.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Daniel resolveu
desde o início não se contaminar. Não abriria mão de suas convicções, mesmo se
tivesse de pagar com a vida por isso. Note-se que Daniel não tinha agora a
presença dos seus pais para orientá-lo nas suas decisões; mas seu amor a Deus e
à sua lei achava-se de tal modo arraigados nele desde a infância, que ele
somente desejava servir ao Senhor de todo coração.
Aqueles que
resolvem permanecer fiéis a Deus, enfrentando a tentação, receberão forças para
permanecerem firmes por amor ao Senhor. Por outro lado, aqueles que antes não
tomam a decisão de permanecer fiéis a Deus e à sua Palavra, terão dificuldade
para resistir ao pecado ou evitar conformar-se com os caminhos do mundo"
(Lv 19.29; 21.7,14; Dt 22.2)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ:
CPAD, p.1244).
III.
A INTERVENÇÃO DE DEUS NA POLÍTICA BABILÔNICA
Daniel já era
bastante idoso quando foi convocado a gerir a pior crise do Império Babilônico.
Naquele instante, ele não poderia ser politicamente correto. Por isso,
proclamou corajosamente a sentença divina sobre o reino de Belsazar.
1.
A corrupção de Babilônia. Embora
Nabucodonosor tenha reconhecido o senhorio divino em três ocasiões, seu filho,
Belsazar, ao substituí-lo, não demorou a levar o império à ruína. Numa noite de
orgia e insultos ao Deus de Israel, ele profanou os utensílios sagrados do
Santo Templo na presença de suas mulheres, concubinas e grandes (Dn 5.1-3).
Naquela mesma hora, o Senhor escreveu, na parede do palácio, a sentença de
morte daquele reino. O mesmo acontece no Brasil. Deus está a requerer de seu
povo uma atitude mais evangélica, santa e decisiva (2Cr 7.14).
2.
Daniel, o incorruptível. Como nenhum
acadêmico babilônico fosse capaz de ler a sentença divina escrita na parede, o
nome do velho profeta é evocado. Já na presença do rei, e rejeitando todos os
dons e agrados que este lhe oferecera, Daniel leu a sentença (Dn 5.25-31). Mais
uma vez, ele não se deixou enlaçar pelo charme do politicamente correto.
Interpretando a inscrição, repreendeu energicamente o monarca.
Que os homens
públicos cristãos não se furtem ao seu dever. Que venhamos, neste momento de
crise econômica e política que debilita o Brasil, anunciar que Jesus Cristo é o
caminho, a verdade e a vida e que bem-aventurada é a nação cujo Deus é o
Senhor. Os governantes, legisladores e juízes também precisam ouvir que Jesus
salva, cura, batiza com o Espírito Santo e, em breve, virá nos buscar.
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
Deus
é soberano e Senhor. Ele interveio na política babilônica.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
A
Religião Babilônica
“Com a ascensão da
supremacia da cidade da Babilônia, Marduque, o patrono da cidade, tornou-se a
principal divindade do panteão babilônico. Uma festa de ano novo chamada de
festa de ‘akitu’ era realizada anualmente em sua honra, na qual uma batalha
simulada entre o rei e o dragão das profundezas era encenada repetidamente para
comemorar a primitiva vitória de Marduque sobre o caos.
O propósito da
festa era anunciar o ano novo com um ritual para assegurar paz, a prosperidade
e a felicidade por todo o ano.
Outras divindades
adoradas pelos babilônicos eram Anu, deus do céu; Enlil, deus do vento e da
terra. Ea, deus do submundo — juntos, eles formavam uma tríade de divindades.
Outra tríade importante era Sin, o deus-sol de Ur, e Harã, os primeiros abrigos
da família de Abraão; Samas, a divindade do sol; e Istar, deusa do amor e da
guerra, equivalente à Astarte dos fenícios, Astarote mencionada na Bíblia, e
Afrodite dos gregos. Outras divindades significativas foram Nabu, o deus da
escrita e Nergal (irmão de Marduque), o deus da guerra e da fome.
Os deuses da
Babilônia eram, em sua origem, personificações das várias forças da natureza. A
religião babilônica era, dessa forma, uma adoração à natureza em todas as suas
partes, prestando homenagem a seres super-humanos que eram ao mesmo tempo
amigáveis e hostis, com frequência representados por formas humanas, animais” (Bíblia
de Estudo Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, pp.213,1697).
CONCLUSÃO
Que os líderes
saibam como preparar aqueles que vão frequentar uma universidade. À semelhança
de Daniel e seus companheiros, estes poderão fazer uma grande diferença no
mundo acadêmico e na esfera política. O Senhor Jesus precisa de crentes em
todas as camadas sociais.
PARA REFLETIR
A respeito do Evangelho no mundo
acadêmico e político, responda:
Por que a evangelização acadêmica é
prioridade da igreja?
Porque no universo acadêmico saem os
cientistas, educadores, formadores de opinião e boa parte dos governantes e
legisladores.
De que modo os acadêmicos podem
testemunhar de Cristo?
Por intermédio de uma vida testemunhal e
uma carreira acadêmica excelente.
Como atuaram Daniel e seus companheiros
em Babilônia?
Atuaram de forma excelente, exaltando e
glorificando o Deus Todo-Poderoso.
Fale da intervenção de Daniel na
cultura babilônica.
Daniel não se deixou enlaçar pela
cultura babilônica nem pelo charme do politicamente correto.
Qual a obrigação de um político cristão
ante as crises?
Orar e anunciar que Jesus Cristo é o
caminho, a verdade e a vida e que bem-aventurada é a nação cujo Deus é o
Senhor.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O
Evangelho no mundo acadêmico e político
Entrar na
universidade é uma tarefa complexa e requer muita força de vontade e esforço.
Na perspectiva cristã, ela se torna mais complexa ainda, pois sob o ponto de
vista do pensamento, as universidades são hostis aos alunos oriundos da
tradição cristã. Essa hostilidade é sentida principalmente nos cursos das áreas
de humanas. Somando ao fato de que a maioria dos nossos jovens não está
preparada evangelicamente para defender sua fé; muitas vezes o desespero toma
conta do jovem cristão. Ora, além da pressão do processo de vestibular, mais o
ataque gratuito por parte de professores universitários, os jovens cristãos
sentem-se isolados e não fazem uso do seu direito constitucional de manifestar
a sua fé de maneira inteligente e coerente. Essa regra vale tanto para os
jovens quanto para os adultos cristãos que ingressam mais tarde numa
universidade.
Uma
proposta?
Para falarmos sobre
evangelização em universidade, ou do mundo político, primeiramente, deve haver
um estágio intenso de treinamento das mentes de nossos irmãos, como num
treinamento de um candidato às missões transculturais, pois ele tem de se
preparar muito para exercê-las, dominando a cultura e a língua, em primeiro
lugar; e as particularidades dos países em que se deseja evangelizar. No caso
do evangelismo universitário não é diferente.
O primeiro estágio
passa pelo contato da historicidade da fé cristã. Nossos irmãos precisam ter o
contato com a história a fim de conhecer a herança histórica e filosófica da
própria fé, bem como ter contatos com obras dos primeiros pais da Igreja, o
pensamento de Agostinho, Tomas de Aquino, Martinho Lutero, João Calvino, João
Armínio, John Wesley, etc. Em outro momento, servir aos nossos irmãos de bons
filósofos e apologistas cristãos mais contemporâneos de grande envergadura
intelectual: Chesterton, C. S. Lews, Alister Mcgrath, Willian Lane Craig, Alvin
Platinga e outros. Para introduzir nossos irmãos ao diálogo das principais
cosmovisões de pensamento no mundo, a CPAD tem uma série de obras disponíveis
para esse objetivo: “Sua Igreja está preparada?”; “Panorama do Pensamento
Cristão”; “E Agora como Viveremos”; “Verdade Absoluta”.
Não há outra
instituição especializada e capacitada, senão a Escola Dominical, para
desenvolver com seriedade e qualidade esse urgente trabalho. Preparar nossos
irmãos para este trabalho é fundamental para a evangelização universitária e a
consequente sobrevivência nas comunidades acadêmicas atuais.
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