Data: 21 de
Agosto de 2016
TEXTO ÁUREO
“Jesus respondeu: Na verdade, na
verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar
no Reino de Deus” (Jo 3.5).
VERDADE PRÁTICA
Se todas as religiões fossem, de
fato, boas e salvadoras, a morte expiatória de Cristo não seria necessária. Só
Jesus salva.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 3.1-16.
1 — E
havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 — Este
foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo
de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for
com ele.
3 — Jesus
respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer
de novo não pode ver o Reino de Deus.
4 — Disse-lhe
Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a
entrar no ventre de sua mãe e nascer?
5 — Jesus
respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e
do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
6 — O
que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 — Não
te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 — O
vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para
onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
9 — Nicodemos
respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso?
10 — Jesus
respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso?
11 — Na
verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que
vimos, e não aceitais o nosso testemunho.
12 — Se
vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das
celestiais?
13 — Ora,
ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no
céu.
14 — E,
como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem
seja levantado,
15 — para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16 — Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
HINOS SUGERIDOS
65, 167 e 395 da Harpa Cristã.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Evangelizar os religiosos é um dos maiores
desafios da Igreja de Cristo no século XXI. Ao contrário do que supunham os
racionalistas, o sentimento religioso do ser humano não foi destruído pelo
avanço da ciência. Hoje, pessoas de todas as classes sociais continuam a
procurar refúgio na religião. Nessa busca, milhões de almas famintas deixam-se
enredar por guias inescrupulosos, demônios e falsos deuses.
Falar de Cristo aos religiosos também
é nossa missão. No Brasil, deparamo-nos com estes grupos altamente desafiadores
e prioritários: católicos, espíritas, judeus, muçulmanos, ateus e desviados.
Com base na ação evangelística de Cristo, veremos como falar da verdadeira
religião aos religiosos.
PONTO CENTRAL
A Igreja do Senhor deve se empenhar
para alcançar os grupos religiosos.
I. OS MITOS DA RELIGIÃO
Genericamente, a religião é definida como um
sistema doutrinário e litúrgico, que facilita o acesso do ser humano a Deus. A
partir desse conceito, foram criados três mitos que barram o acesso do pecador
ao céu.
1. Mito um: todas as religiões são
boas. Não podemos afirmar que todas
as religiões são boas. Vejamos, por exemplo, o caso de Moloque. Em sua
adoração, os amonitas queimavam suas criancinhas (Lv 18.21; Jr 32.35). E, no
culto a Baal-Peor, divindade venerada pelos midianitas e moabitas, os
desregramentos sexuais não tinham limites (Os 9.10). A prática de tais
abominações levaram o Senhor a castigar severamente a Israel (Nm 25). Vê-se,
pois, que nem todas as religiões são boas.
2. Mito dois: todas as religiões
levam a Deus. Com base nos casos mencionados
no tópico anterior, como podemos alegar que todas as religiões levam a Deus? No
tempo de Paulo, a civilização greco-latina dava-se ao culto aos demônios (1Co
10.20,21). Hoje, não é diferente. Muitos são os que sacrificam animais e
víveres aos ídolos. E, nos últimos dias, a humanidade adorará a Besta, o Falso
Profeta e o Dragão (Ap 13.4). Tais religiões não conduzem o homem a Deus.
Muitos, declaradamente, prestam culto a Satanás.
3. Mito três: nenhuma religião é
verdadeira. Tiago afirma que a religião
pura e imaculada é visitar os órfãos e viúvas em suas necessidade (Tg 1.27).
Por conseguinte, não podemos nivelar, por baixo, a religião que nos foi
concedida pelo Senhor, por meio de seus santos profetas e apóstolos.
Receber a Jesus como Único e
Suficiente Salvador não faz da pessoa um religioso, mas sim alguém que foi
transformado pela misericórdia divina.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Todas
as religiões são boas, levam a Deus e nenhuma é verdadeira são alguns mitos da
religião.
SUBSÍDIO APOLOGÉTICO
“Há uma crença comum de que todas as
religiões basicamente contêm a mesma verdade, embora se apresentem de maneiras
distintas. Esse é o conceito de que ‘Deus, mesmo quando chamado por outro nome,
é ainda Deus’. Deus habita no topo de uma enorme montanha, e todas as religiões
e sistemas de crenças do mundo são como caminhos distintos que nos levam ao
topo. Como todos os caminhos, por fim, levam ao cume, assim todas as religiões
também levam a Deus.
Há apenas um problema com esse
pensamento: todas as religiões não podem ser verdadeiras. Como podemos ter
tanta certeza? Porque todas as religiões são diferentes e, em vários pontos,
mutuamente exclusivas. Em vez de dizer que todas as religiões são verdadeiras,
seria mais razoável acreditar todas são falsas, ou que apenas uma delas é
verdadeira, e as outras, falsas.
Neste ponto, você pode estar
imaginando: ‘Mas será que todas as religiões não contêm uma verdade?’. Correto.
Mas, isso não significa que toda religião é verdadeira. Como gostamos de dizer:
Há verdade em tudo, mas nem tudo é verdade” (BRUCE, Bickel; JANTZ, Stan. Guia
de Seitas e Religiões: Uma visão panorâmica. 5ª Edição. RJ:
CPAD, 2012, pp.11,12).
CONHEÇA MAIS
Religião
“A passagem clássica sobre religião no
Novo Testamento é Tiago 1.26,27. Aqui os termos usados (thereskos e thereskeia) definitivamente se referem a uma
expressão externa. O contraste é feito entre aquele cuja religião consiste de
cerimônias formais que não possuem apoio na devoção sincera, e aquele cuja
religião consiste de atos de misericórdia, porque flui de uma atitude de
coração que é reta para com Deus”. Para conhecer mais, leia Dicionário
Bíblico Wycliffe, CPAD, p.1664.
II. COMO EVANGELIZAR OS RELIGIOSOS
Tendo como exemplo a ação evangelística de
Jesus, vejamos como expor o Evangelho aos religiosos.
1. Não discuta religião. Ao receber Nicodemos, na calada da noite, o
Senhor Jesus não perdeu tempo discutindo os erros e desacertos do judaísmo
daquele tempo. De forma direta e incisiva, falou àquele príncipe judaico sobre
o novo nascimento (Jo 3.3). Sua estratégia foi certeira. Mais tarde, Nicodemos
apresenta-se voluntariamente como discípulo do Salvador (Jo 7.50; 19.39).
Em vez de contender com os
religiosos, fale que Cristo é a única solução para a humanidade caída e carente
da glória de Deus.
2. Não deprecie religião alguma. Em seu encontro com a mulher samaritana,
Jesus não depreciou a religião de Samaria, nem sublimou a de Israel, mas
ofereceu-lhe prontamente a água da vida (Jo 4.10). A partir da conversão
daquela religiosa, houve um grande avivamento na cidade, repercutindo pentecostalmente
em Atos (At 8.5-14).
Se depreciarmos a religião alheia,
não teremos tempo para falar de Cristo, pois a evangelização exige ações
rápidas e efetivas.
3. Mostre a verdadeira religião. Sem ofender a religiosidade de seus ouvintes,
mostre, em Jesus Cristo, a verdadeira religião. Foi o que Paulo fez em Atenas.
Tendo como ponto de partida o altar ao Deus Desconhecido, anunciou-lhes Cristo
como o único caminho que salva o pobre e miserável pecador (At 17.26-34). Se
agirmos assim, teremos êxito na evangelização dos católicos, espíritas, judeus,
muçulmanos, ateus e desviados.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Precisamos alcançar os grupos
religiosos, não discutindo ou depreciando religião alguma, mostrando a
verdadeira religião, Cristo.
SUBSÍDIO APOLOGÉTICO
Professor, procure enfatizar neste
tópico que o “cristianismo é mais do que uma religião sobre Jesus. Para sermos
mais exatos, diz respeito ao relacionamento com Jesus, a quem Deus enviou à
terra para salvar a humanidade da morte espiritual. Esse é o coração e a alma
do cristianismo. É por essa razão que o cristianismo fica separado de qualquer
seita, religião ou sistema de crenças no mundo. Um cristão é aquele acredita e
aceita as afirmações de Jesus.
Jesus afirma ser Deus em forma
humana. Jesus não disse que era como Deus. Ele disse que era Deus (Jo 10.30).
As pessoas ao redor de Jesus sabiam exatamente o que Ele queria dizer. Seus
inimigos compreenderam essa afirmação e procuravam matá-lo por essa razão (Jo
5.18). Os seguidores de Jesus também compreenderam essa afirmação e estavam
dispostos a morrer por ela. O apóstolo Paulo escreveu: ‘Porque nele habita
corporalmente toda a plenitude da divindade’ (Cl 2.9)” (BRUCE, Bickel; JANTZ,
Stan. Guia de Seitas e Religiões: Uma visão panorâmica.
5ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.33).
III. RELIGIOSOS QUE REPRESENTAM DESAFIOS
Na evangelização dos grupos acima
mencionados, temos de adotar a estratégia certa, para que o nosso trabalho não
redunde em fracasso. Daremos algumas informações, neste tópico, que poderão ser
bastante úteis.
1. Católicos romanos. Embora nominalmente cristãos, os católicos
acham-se presos à idolatria, ao misticismo e, boa parte deles, a um perigoso
sincretismo. Por isso, em sua evangelização, não ofenda Maria, nem os santos
venerados por eles. Evite apontar a igreja evangélica como superior à católica.
Antes, exponha-lhes Jesus como o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6).
Entregue-lhes folhetos com o endereço de sua igreja, para que os convertidos
sejam bem discipulados.
2. Espíritas. Na evangelização dos espíritas e dos adeptos
dos cultos afros, evite toda e qualquer discussão. Mas, com amor e sabedoria,
convença-os, pela Bíblia, de que aos homens está ordenado morrerem uma única
vez, e que o sacrifício de Jesus Cristo é suficiente para levar-nos ao Pai (Hb
9.27; 1Pe 3.18).
3. Judeus e muçulmanos. Embora os judeus sejam o povo da promessa,
eles são tão necessitados de Cristo quanto os muçulmanos (Rm 3.23). Por isso,
prepare estratégias distintas e adequadas para ganhar tanto os primeiros quanto
aos segundos. Na evangelização dos muçulmanos, não ofenda Maomé. Todavia, não
deixe de proclamar-lhes a supremacia de Cristo na salvação de todos os que
creem (Rm 1.16).
4. Ateus. Apesar de os ateus se apresentarem como não
religiosos e descrentes da existência de Deus, são tão religiosos quanto os
demais homens. Não tente provar-lhes que Deus existe. Mas, com poder e graça,
deixe-lhes bem claro que Jesus salva e liberta o mais vil dos pecadores. Contra
o ateísmo, somente o Evangelho eficaz da graça divina.
5. Os desviados do Evangelho. Não nos esqueçamos dos que estão afastados do
Evangelho. Se Cristo se deu por eles, empenhemo-nos, nós também, em sua
recuperação plena (Mt 18.11; Lc 15.4).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Os
católicos romanos, os espíritas, judeus, mulçumanos e os desviados são alguns
dos grupos religiosos que precisamos alcançar.
SUBSÍDIO APOLOGÉTICO
Professor, o islamismo representa um
desafio para a Igreja do Senhor. Esta é uma das religiões que mais crescem no
mundo. No Brasil temos um grupo grande de mulçumanos. Estes, fora de seus
países de origem, ficam mais susceptíveis a ouvir as Boas-Novas.
CONCLUSÃO
Falar de Cristo aos religiosos não é
tarefa simples, mas necessária e urgente. Por essa razão, prepare-se
adequadamente, visando alcançar os grupos mencionados e, também, outros, dentro
e fora do país. Ninguém pode ser esquecido em nossas ações missionárias e
evangelísticas.
PARA REFLETIR
A respeito da evangelização dos grupos religiosos,
responda:
Quais os principais mitos sobre a religião?
Todas as religiões são boas, todas as religiões levam a Deus e nenhuma
religião é verdadeira.
Como falar de Deus aos católicos?
Em sua evangelização, não ofenda Maria, nem os santos venerados por
eles. Evite apontar a igreja evangélica como superior à católica. Antes,
exponha-lhes Jesus como o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6).
Como falar de Cristo aos espíritas e adeptos dos
cultos afros?
Na evangelização dos espíritas e dos adeptos dos cultos afros, evite
toda e qualquer discussão. Mas, com amor e sabedoria, convença-os, pela Bíblia,
de que aos homens está ordenado morrerem uma única vez, e que o sacrifício de
Jesus Cristo é suficiente para levar-nos ao Pai.
Como evangelizar os muçulmanos?
Na evangelização dos muçulmanos, não ofenda Maomé. Todavia, não deixe de
proclamar-lhes a supremacia de Cristo na salvação de todos os que creem (Rm
1.16).
Por que é urgente falar de Cristo aos desviados?
Porque Jesus os ama e Ele pode voltar a qualquer momento.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A evangelização dos grupos religiosos
A Evangelização dos Grupos Religiosos
Um fenômeno que nos traz espanto é o
crescimento exponencial da religião num mundo em que a Ciência e a Tecnologia
avançam drasticamente. Ora, o sentimento religioso é um elemento intrínseco ao
ser humano e, por isso, não sobreviveu nem sobreviverá a concepção de um homem
ideal arreligioso. A natureza religiosa do ser humano é inerente à constituição
da própria natureza. Ainda que o seu objeto de contemplação seja de natureza
meramente material, mas o sentimento, a necessidade e a consciência da
existência de algo maior que o ser humano está no âmago do pensamento do homem
moderno.
Neste contexto, a Igreja de Cristo se
coloca à disposição da sociedade para levar esperança e respostas às pessoas
que peregrinam esta existência por descobrir o sentido da vida. Até ocorrer o
encontro com Cristo, é comum ouvirmos de irmão o caminho que trilhou por outras
religiões até encontrar a pessoa de Jesus e desfrutar do seu amor e da sua paz.
Embora não seja muito comum falarmos, mas a verdade que muitas religiões
escravizam e esmagam a consciência e a liberdade da pessoa humana neste
aspecto, o cristianismo não está a salvo, pois a história mostra que houve
tempos sombrios, onde se perseguiu e matou em nome de Deus.
Portanto, precisamos de alguns
cuidados:
1. Tratar a religião do outro com o
devido respeito. Nosso senhor não tratou a
mulher samaritana de maneira grosseira, nem deixou de atender o clamor da
mulher sírio-finícia. Ambas as mulheres, por certos, adoravam outros deuses e
praticavam uma religião que, do ponto de vista das Escrituras, não dignificavam
o ser humano. Mas com todo carinho e amor, Cristo Jesus se pôs a falar com
essas mulheres de maneira respeitosa e amorosa.
2. Não detratar a religião alheia. Não é fazendo “guerra santa” que pessoas
crerão no Senhor. É constrangedor quando sabemos de casos de completa falta de
sabedoria e bom senso, em que o anunciante da Palavra põe-se a agredir a
religião alheia. É importante ressaltar que, da mesma forma que nos sentiríamos
ultrajados se alguém entrasse em nosso prédio e quebrasse o púlpito à machadadas,
igualmente o mesmo sentimento se passa na mente e no coração do adepto de
determinada religião em que vê o seu símbolo sendo maltratado. A atitude de
“guerra” e agressividade nada tem haver com o nosso Senhor e o seu método de
propagar o Evangelho e o Reino de Deus.
1 comentários:
Louvado Seja nome do Senhor
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