segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Lição 9: O sinal do Emanuel - Jovens

Lição 9: O sinal do Emanuel
Data: 28 de Agosto de2016
  
TEXTO DO DIA

E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35).

SÍNTESE

O Emanuel, Deus conosco, é a maior prova de amor e cuidado de Deus para com seus filhos.

TEXTO BÍBLICO

Isaías 7.10-16.

10 — E continuou o Senhor a falar com Acaz, dizendo:
11 — Pede para ti ao Senhor, teu Deus, um sinal; pede-o ou embaixo nas profundezas ou em cima nas alturas.
12 — Acaz, porém, disse: Não o pedirei, nem tentarei ao Senhor.
13 — Então, ele disse: Ouvi, agora, ó casa de Davi! Pouco vos é afadigardes os homens, senão que ainda afadigareis também ao meu Deus?
14 — Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.
15 — Manteiga e mel comerá, até que ele saiba rejeitar o mal e escolher o bem.
16 — Na verdade, antes que este menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra de que te enfadas será desamparada dos seus dois reis.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

Uma das mais belas profecias de Isaías é a que ele aponta para o maior gesto de amor de Deus para com a humanidade: a vinda de Cristo ao mundo, o Emanuel, o “Deus conosco”. A profecia foi dada diante de um rei idólatra e desobediente, cujo povo seguia esse mesmo caminho, mostrando com isso que o amor de Deus transcende qualquer maldade e desobediência humana, levando-os a um lugar de arrependimento e cura de suas maldades e pecados. Ou seja, Deus em Cristo estava provendo meios de aproximar os pecadores a si, dando-se a si mesmo ao mundo, mesmo este não merecendo um gesto de tamanha graça. O Emanuel é aquEle que está perto e habita com os “que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito” (Sl 34.18), dando-lhes todas as promessas que dizem respeito aos escolhidos de Deus e a vida abundante, pois são cumpridas por meio de Cristo (2Co 1.20) e de seu sacrifício na cruz.

I. O CONTEXTO IMEDIATO DA PROFECIA MESSIÂNICA

1. A ameaça a Jerusalém. A Síria e Israel (o Reino do Norte) haviam se unido para subjugar Judá e Jerusalém. O rei nessa época em Jerusalém (o Reino do Sul) era Acaz. Ele era idólatra, chegando a oferecer seus próprios filhos aos falsos deuses. Ele havia feito aliança com a Assíria (2Rs 16.7) para se proteger dos inimigos a sua volta por não confiar em Deus.
2. O medo do povo e do rei. O rei Acaz entregou muitas riquezas do templo ao rei da Assíria para obter a proteção deste, pois a aliança síria e israelita lhes causou muito medo. Diante das ameaças, o rei e todo o povo ficaram apavorados e amedrontados (Is 7.2), e em vez de confiarem em Deus foram pedir socorro à Assíria. Foi aí que Deus enviou Isaías com a promessa de salvação, apesar da desobediência do rei.

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Pense!

Às vezes, o medo gera em nós uma sensação de desamparo total. É nessas horas que o Deus Emanuel se torna manifesto. Ele nunca desampara os seus filhos durante as situações de angústia ou adversidades profundas.

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Ponto Importante

Além da profecia messiânica do Emanuel que se cumpriria em Cristo, havia nessa profecia de Isaías um sentido imediato, um livramento que Deus estava dando para o povo naquele momento da história.

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II. O SINAL DO EMANUEL

1. O contexto da profecia. Como com outras profecias de Isaías, aqui também se aplica o princípio de que a profecia estava sendo predita para o presente, mas um sentido muito mais abrangente e profundo do que as pessoas da época poderiam enxergar. Ao falar com o rei Acaz sobre o filho que nasceria, o profeta Isaías estava se referindo também ao que foi cumprido nos Evangelhos, quanto ao nascimento de Jesus (Mt 1.22-23).
2. O significado do Emanuel. Emanuel, no hebraico, é a junção de dois termos — immánu, que significa “conosco”, e El, que significa “Deus” ou “Senhor”, literalmente “conosco [está] Deus”. Jesus não somente foi homem, mas estabeleceu morada entre os homens. Essa atitude de Jesus demonstra o imenso amor de Deus para com a humanidade perdida, que de outra forma jamais entenderia esse amor. Ele se tornou como um de nós e nos amou para que nós o amassemos e fôssemos definitivamente dEle. Jesus não se chamava Emanuel como nome próprio, mas vários textos bíblicos apontam para Ele como sendo designado por esse nome como aquilo que Ele de fato é: Deus Conosco. Esse nome designa sua missão entre a humanidade de fazer Deus estar com a humanidade, de habitar entre os homens. Mostra a natureza divina do Filho de Deus como sua obra messiânica da graça, habitando entre os homens e ao mesmo tempo significando que “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9).
3. O Deus que se humilhou. Ele é Deus infinitamente santo, em quem não há escuridão (1Jo 1.5), mas ao mesmo tempo assumiu a condição humana, com todas as suas contingências e dificuldades (Fp 2.7-8). Portanto, Deus não enviou o Emanuel contra nós, mas a nosso favor, demonstrando seu grande amor. Somente Deus pode tirar força da fraqueza. Deus enviou o Emanuel de uma mulher (nos tempos antigos era sinal de fraqueza) que conceberia sem ajuda de um homem (nos tempos antigos era sinal de força), para demonstrar que Deus ajudaria o homem enfraquecido pelo pecado e pela desobediência por intermédio de seu filho, Jesus Cristo, nascido menino, humano e de uma mulher. Tudo isso em contraste com o poderio do pecado, da maldade e da violência que domina o mundo.

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Pense!

Deus assumiu a condição humana e por isso podemos extrair dois princípios fundamentais: Ele valorizou a humanidade e ensinou o que é ser verdadeiramente humano segundo a sua vontade.

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Ponto Importante

Emanuel, no hebraico, é a junção de dois termos — immánu, que significa “conosco” , e El, que significa “Deus” ou “Senhor”, literalmente “conosco [está] Deus”.

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III. DEUS ETERNAMENTE CONOSCO

1. Ele esteve com Israel. Apesar de todos os problemas que o povo de Deus teve para permanecer fiel à aliança, com tantas oportunidades que tiveram de experimentar sempre de novo a misericórdia e bondade do Senhor e reiteradamente optarem pela desobediência, Ele permaneceu fiel à aliança com Israel, mesmo quando estavam no cativeiro. O povo quase foi dizimado, mas Ele prometeu que um resto, um remanescente que “brotará do tronco de Jessé” (Is 11.1), simbolizando o Messias, o Emanuel, que sobreviveria a todas as destruições e catástrofes. Portanto, apesar de não merecerem, Ele cuidou e esteve com seu povo por amor a toda a humanidade (Jo 3.16). Cristo foi a realização do pacto de Deus com Israel: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros [...]” (Is 9.6).
2. Ele está conosco. No Emanuel se cumpriram todas as profecias bíblicas sobre a vinda do Messias. Ele é o Cristo enviado de Deus para salvar a humanidade sofredora. O Emanuel é a garantia de que, assim como foi com o povo de Israel, Ele também está conosco, como prometeu (Mt 28.20). Assim se cumpre em nós a promessa messiânica de que Ele de fato estaria conosco. O apóstolo João escreveu que “e o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). O verbo “habitar” utilizado por João tem o mesmo sentido que o Emanuel utilizado por Isaías, ou seja, Deus agora habita definitivamente entre seu povo por meio de Cristo e de seu sacrifício na cruz (Rm 8.11).
3. Ele estará conosco. A presença do Emanuel não foi somente uma realidade passada ou é no presente, mas é a garantia de que também no futuro, e para todo o sempre, o Senhor estará entre seu povo, não apenas espiritualmente e de forma limitada pelas contingências humanas, mas também com toda a sua força e esplendor (Ap 21.3).
  
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Pense!

Se Deus é presente conosco, isso implica que devemos ser imitadores de seu caráter. Devemos também ser uma igreja de jovens que estão uns com os outros. Emanuel também significa comunhão.

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Ponto Importante

A teologia do Emanuel pode ser entendida de três formas básicas: Ele esteve com o povo de Israel, Ele está com a Igreja ao longo da história, e por fim Ele estará plenamente com todos os redimidos e salvos no Novo Céu e na Nova Terra.

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CONCLUSÃO

O nascimento de Jesus traz consigo todo o cumprimento das profecias messiânicas, desde os livros de Gênesis até Zacarias, em número de mais de trezentas delas. Portanto, o Emanuel traz uma carga divina tão grande que alcançou seu cumprimento salvífico em Israel e em toda a humanidade carente de Deus. Mas a maior garantia de sua vinda ao mundo é que Ele continua conosco e estará por toda a eternidade, quando seremos levados para junto dEle.

ESTANTE DO PROFESSOR

SPANGLER, Ann. Orando com os Nomes de Deus. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2014.

HORA DA REVISÃO

1. Quais eram os países que ameaçavam invadir Jerusalém quando Isaías fez a profecia do Emanuel?
Israel (reino do Norte) e a Síria.

2. Por que Acaz fez aliança com a Assíria?
Porque não confiava em Deus e estava tomado de incredulidade.

3. Qual o sinal que Deus deu ao profeta de que o menino que nasceria era o Emanuel?
Que uma virgem daria à luz um menino.

4. Qual o significado de Emanuel?
Deus conosco.

5. Que promessa o Emanuel fez em Mateus 28.20?
“Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.

SUBSÍDIO

“O profeta aconselhou Acaz a buscar um sinal de Yahweh [...], mas o rei já havia determinado no coração buscar socorro com o rei da Assíria. Isaías então profetizou que uma virgem conceberia, e o seu filho seria chamado de Emanuel. Este seria o sinal da misericórdia de Deus, a despeito de toda a incredulidade de Acaz. Na providência de Deus, aquEle Filho, no sentido messiânico, era Jesus de Nazaré. Mas o sinal específico para Acaz e sua corte era uma criança, não identificada, que nasceria de uma jovem mulher conhecida do rei. Antes que a criança alcançasse a idade de discernir entre o bem e o mal, Rezim e Peca perderiam os seus tronos, e Acaz começaria a sofrer a depredação de seu aliado assírio. Damasco caiu em 732 e Rezim, seu rei, foi sumariamente executado. Quase simultaneamente, Peca foi assassinado, e em seu lugar levantou-se o rei Oseias, um aliado dos Assírios. Assim, o cumprimento da palavra profética ocorreu dentro de dois anos. Sete anos mais tarde, Salmaneser V finalmente tomou a cidade de Samaria, causando também espanto e terror ao reino de Acaz. Não foi senão no reinado de Ezequias, cerca de dez anos depois, que a Assíria iniciou suas campanhas sistemáticas contra Judá e quase eliminou o reino do Sul” (MERRILL, H. Eugene. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 12ª Edição. RJ: CPAD, 2013. p.451).


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