sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Perseguição Cristã - Veja a realidade do nossos irmãos no PAQUISTÃO

Grupos extremistas incitam o ódio contra os cristãos, o que resulta em prisões, agressões, sequestros e ataques a casas e igrejas
No final de 2014, uma escola foi atacada, deixando 144 mortos. Em setembro de 2013, uma facção talibã reivindicou um atentado similar à saída de uma igreja, depois de uma reunião de domingo, em Peshawar, nordeste do país. Com 82 mortos, aquele foi o maior ataque à minoria cristã já registrado na história do Paquistão. Em meados de 2015, dois ataques suicidas foram realizados contra os cristãos, o que deixou 17 mortos e 70 feridos.  
Leis de blasfêmia do Paquistão são frequentemente aplicadas de forma abusiva para atacar grupos minoritários, incluindo os cristãos. Por causa dos recentes ataques, uma alteração precipitada da Constituição, reintroduziu a pena de morte e a criação de tribunais militares especiais para os casos ligados ao terrorismo, cumprindo duas exigências de longa data das forças armadas. De acordo com números citados em jornais, 49 mil pessoas foram presas por meio dessa nova decisão, mas apenas 129 destes eram radicais islâmicos.
A situação no Paquistão tornou-se tão restrita que até reuniões de pessoas são vistas como suspeitas e isso também afeta os cristãos. Suas reuniões de domingo ainda são possíveis, mas todas as outras reuniões estão fortemente desencorajadas. Os cristãos são tratados como cidadãos de segunda classe, mulheres e crianças cristãs são vulneráveis ao abuso sexual.
“Todas as minorias ao nosso redor estão sendo perseguidas. Os cristãos são alvejados mais agressivamente. Que todos nós possamos ter a força para enfrentar a adversidade e reconhecer que Deus é soberano. Que todos estejamos dispostos a aceitar o consolo de Cristo e, como Sarah, que possamos dizer que Deus é bom.”Cristão paquistanês, que perdeu sua filha, após o ataque de 2014. 

Igreja
O atual Estado do Paquistão fazia parte do território da Índia, portanto o cristianismo está no país desde aproximadamente o ano 52 d.C. Segundo a tradição, o discípulo Tomé foi à Índia durante essa época, conseguiu converter alguns indianos e estabeleceu sete igrejas numa região que hoje é conhecida como Kerala, entre outras regiões em Madras. Ele foi martirizado e sua sepultura ainda está em São Tomé de Meliapor.

No século 16, os jesuítas vindos de Portugal assumiram o trabalho missionário e nos séculos 17 e 18, os ingleses e holandeses chegaram ao país com o protestantismo, porém nenhum dos dois grupos teve êxito no estabelecimento de um trabalho duradouro.
Atualmente, como resultado de uma grande variedade de esforços missionários, o Paquistão conta com uma pequena parcela de cristãos, a maioria de etnia punjabi. A maioria dos cristãos é membro de igrejas independentes ou da católica romana.
A comunidade cristã é, de modo geral, fragmentada e temerosa. Devido ao medo da perseguição, é possível que haja alguns milhares de cristãos que mantêm sua identidade religiosa em sigilo e são poucos os convertidos entre os muçulmanos que declaram sua nova fé abertamente.
A perseguição
Existem três tipos de cristianismo no Paquistão que estão enfrentando perseguição:

  • Comunidades cristãs históricas: As igrejas Católicas enfrentam cada vez mais dificuldades, muitas vezes hostis, ao pedir permissão para se encontrar. Eles ainda são capazes de funcionar como igreja, sob condição de monitoramento.
  • Cristãos ex-muçulmanos: A perseguição para os novos convertidos, por um lado, se deve a partir de grupos islâmicos radicais que os veem como apóstatas, e, por outro, de família, amigos e vizinhos que veem a conversão como um ato vergonhoso.
  • Igrejas protestantes não-tradicionais: os evangélicos e pentecostais têm estado sob controle mais próximo e são frequentemente perseguidos e atacados, especialmente quando eles estão ativos na divulgação do evangelho.
A minoria cristã ainda tem um tamanho considerável e isso não mudou significativamente nos últimos anos.
ALIVE
Escola Bíblica que, através da Portas Abertas, oferece discipulado e treinamento para capacitar pessoas a levarem o evangelho para suas comunidades. "É como receber um copo de água gelada na forma de comunhão e ensino", disse um pastor que participa do projeto.

A Portas Abertas trabalha em parceria com organizações internacionais investindo em projetos de tradução da Bíblia, a fim de que esses irmãos tenham acesso à Palavra de Deus.

O objetivo desses cursos é dar base bíblica para os recém-convertidos a fim de que sejam capazes de experimentar a vida cristã em uma comunidade em que os cristãos são a minoria; e também de proteger sua jovem fé de falsos ensinamentos que possam levar o recém-convertido ao engano.

Atualização: 19/12/15
Fonte: Portas Abertas

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